domingo, 28 de abril de 2013

A muda dos Espatifilos

Na foto apresento-vos apenas dois vasos, já tratados, mas a verdade é que tenho seis!!!
Estive a fazer a muda mas esqueci-me de tirar fotografias do processo... 
Não costumo usar misturas nos vasos. Não sei se faço mal ou não, mas sempre utilizei somente a terra fertilizante que se compra nos super-mercados. E as plantas até gostam!
Retirei-as do vaso onde estavam, deitei a terra antiga toda fora, dei um cortezinho nas raízes que já estavam a fazer muito volume no vaso, retirei as folhas secas e voltei a plantá-las numa terra nova. 
Atenção ao corte das raízes. Eu nunca vi isso em lado nenhum, só mesmo ideias na minha cabeça. Mas uma vez, há alguns anos, em que fui fazer a muda destas plantas (que na altura nem sabia como se chamavam), elas tinham a raiz já a ocupar uma boa parte do vaso. Não fiz mais nada e toca de ir cortando a raiz. E cortei, cortei, cortei até que ficaram quase sem raiz nenhuma e depois começaram a morrer. Nada mais óbvio.
Estas plantas, fiquei a saber, chamam-se Spathiphyllum, ou vulgarmente espatifilos. Como costumam dar uma flor branca muito linda, são também conhecidas por lírio-da-paz. 
Há duas variedades, o Spathiphyllum mauna-loa e o Spathiphyllum wallisii, sendo este último a espécie original e o primeiro um híbrido. Os híbridos, os "mauna-loas" parece-me que são maiores, enquanto os "wallisii" não crescem tanto, são mais pequenos. Eu acho que tenho ambas as espécies.
Tal como os antúrios, também pertencem à família das Araceae.

A minha relação com os meus espatifilos sempre foi um pouco desastrosa. Posso dizer que são autênticos sobreviventes de guerra. Para já, o dramático caso do corte das raízes. E depois porque, sendo eles autênticos sequiosos, as folhas estavam permanentemente a murchar e só aí é que os regava. À noite já estavam todas arrebitadas e passado alguns dias voltavam a murchar. E eu a regar e elas a arrebitar, e a murchar, e rega-arrebita-murcha, assim sempre! Pobrezinhas, ninguém aguenta tanto sofrimento! Isso é lá jeito de tratar de plantas??
Ainda assim, quando era mais assídua nas regas, lá vinha uma ou outra flor branca, pequena, mas linda!

Enfim, eis aqui como se cuida de um espatifilo, directamente do "Grande Livro das Plantas de Interior":
"Luz: cultive todos os espatifilos sob uma luz média. O sol directo queima-lhes as folhas.
Temperatura: As temperaturas ambiente normais são as apropriadas para estas plantas. A temperatura mínima tolerada é de 13ºC. Os espatifilos são particularmente sensíveis a ar seco, pelo que devem ser mantidos sobre tabuleiros com seixos molhados durante todo o ano. Sob temperaturas de 18ºC ou superiores, não é natural que se verifique um repouso vegetativo perceptível.
Rega: regue moderadamente, o suficiente para humedecer totalmente a mistura a cada rega, mas deixando secar a camada superior de 1 cm antes de regar de novo. Se a temperatura descer abaixo dos 16ºC por mais de um dia ou dois, reduza a quantidade de água. Nunca deixe a mistura secar completamente.
Adubação: aplique um vulgar adubo líquido de duas em duas semanas, desde o princípio da Primavera até ao fim do Outono (altura em que os espatifilos têm um crescimento mais activo). Adube durante todo o ano as plantas em período de crescimento activo colocadas numa mistura à base de turfa.
Observações especiais: os aranhiços vermelhos poderão atacar os espatifilos se o grau de humidade for baixo. Pulverize a folhagem pelo menos uma vez por semana."

O modo de cuidar é então semelhante ao dos antúrios. Basicamente requerem muita humidade, rega moderada de modo a deixar a terra sempre um pouco húmida e luz a meia sombra.

Como já o referi, não faço uso das tais misturas nem das camadas de seixos. Não sei se faço bem ou não, mas até à altura tenho somente feito uso de terra fertilizante normal e elas têm-se aguentado muitíssimo bem apesar do meu desleixo e desconhecimento de como cuidar das plantinhas.

Para um próximo post farei uma actualização do estado dos meus espatifilos.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

A muda dos Antúrios

E aqui está o meu antúrio, num estado de saúde um pouco deprimido, com as folhas amareladas em vez de vermelhas, apesar de estar ali a nascer um vermelhinho.
Peguei nele, tirei a terra toda que tinha, cortei um pouco da raíz que já estava a encher o vaso (o que é estranho, pois li que o seu sistema radicular, ou seja, as raízes, é reduzido) e meti-o em terra nova.

Após alguma procura, descobri algumas coisas sobre esta planta.
Anthurium Andreanum é o nome da espécie original, mas o que tenho em casa, bem como a maioria dos que existem em ambiente doméstico é um híbrido. E como híbrido que é, significa que se conseguiu adaptar a outros ambientes que não o do seu habitat natural e daí se ter tornado numa planta resistente e fácil de cuidar. Faz parte da família das Araceae.
Directamente do "Grande Livro das Plantas de Interior" do Círculo dos Leitores, eis os cuidados a ter com os antúrios:
"Luz: Os antúrios não necessitam de luz forte para florirem; na realidade preferem sempre luz média - como, por exemplo, ao pé de uma janela com alguma sombra. Devem, no entanto, manter-se junto da janela, pois se se encontrarem muito longe da fonte de luz as folhas alongam-se de forma pouco atraente.
Temperatura: Estas plantas dão-se melhor a temperaturas relativamente constantes da ordem dos 18º-20ºC, mas toleram temperaturas mais baixas, até 13ºC, durante breves períodos de tempo.
Rega: Enquanto as plantas se encontrarem em crescimento activo, regue abundantemente com a frequência necessária para manter a mistura completamente húmida. Durante o período de repouso deixe secar 1 cm da camada superficial antes de regar novamente.
Adubação: Aplique um vulgar adubo líquido de duas em duas semanas enquanto a planta estiver em crescimento activo."
Quanto ao grau de humidade, os antúrios querem-na bastante! Por isso convém pulverizar as folhas diariamente e mantê-las junto a outras plantas que também gostem de humidade.
Para mais pormenores, encontrei este blog fantástico! Espreitem: http://www.plantas-interior.com/search/label/Ant%C3%BArio
E este é o meu outro antúrio. Como veio num vaso pequeno ficou assim, pequenino também.
Será que é possível criar um antúrio-bonsai? 
Procedi como no outro, mas neste não lhe cortei as raízes pois estavam de bom tamanho. Mudei-o, tal e qual como estava, directamente para um vaso um pouco maior e meti-lhe terra nova.
A minha gata adora fazer-me companhia quando me ponho a mexer nas plantas, por isso é natural que ela apareça em mais fotografias
Eis os meus dois antúrios, após o reenvasamento! A ver agora como se criam! :)

Mãos à obra!

Eu sei, há que tempos não actualizo o sítio. Estive este tempo todo a fazer as tais das mudanças às plantinhas, e a verdade é que elas têm gostado muito do tratamento! Estão muito lindas! Deu mesmo um trabalhão mas compensou!
Tenho tirado fotos ao trabalho. Como sou um pouco preguiçosa para este tipo de composições e organização vamos a ver se consigo fazer daqui uma reportagem decente.